terça-feira, 26 de abril de 2011

Referencial Téorico * O professor e sua prática



Muitos professores que atuam nas escolas não se dão conta da importante
dimensão que tem o seu papel na vida dos alunos. Nesse sentido, um dos aspectos
que se quer ressaltar neste artigo é a importância da formação do professor e da
compreensão que ele deve ter em relação a esse assunto. Pois, não há como
acontecer na escola uma educação adequada às necessidades dos alunos sem
contar com o comprometimento ativo do professor no processo educativo.
Entretanto, ao aproximar-se da figura de alguns professores, percebe-se que
muitos, baseados no senso comum, acreditam que ser professor é apropriar-se de
um conteúdo e apresentá-lo aos alunos em sala de aula.
Mudar essa realidade é necessário para que uma nova relação entre
professores e alunos comece a existir dentro das escolas. Para tanto, é preciso
compreender que a tarefa docente tem um papel social e político insubstituível, e
que no momento atual, embora muitos fatores não contribuam para essa
compreensão, o professor necessita assumir uma postura crítica em relação a sua
atuação recuperando a essência do ser “educador”.
E para o professor entender o real significado de seu trabalho, é necessário
que saiba um pouco mais sobre sua identidade e a história de sua profissão.
Teríamos que conseguir que os outros acreditem no que somos. Um
processo social complicado, lento, de desencontros entre o que somos para
nós e o que somos para fora [...] Somos a imagem social que foi construída
sobre o ofício de mestre, sobre as formas diversas de exercer este ofício.
Sabemos pouco sobre a nossa história (ARROIO, 2000, p.29).
Fazendo uma correlação com esse ponto de vista, não se pode deixar de
destacar e valorizar os fenômenos histórico-sociais presentes na atividade
profissional do professor. Nessa perspectiva, jamais poderá ser compreendido o
trabalho individual do professor desvinculado do seu papel social, dessa forma estarse-ia descaracterizando o sentido e o significado do trabalho docente.
Considerando a emergência de se trabalhar a identidade do professor,
percebe-se uma vasta bibliografia sobre a profissão docente, a qual tem
apresentado muitas ideias e questionamentos, principalmente sobre a formação dos
professores, e, mais especificamente, sobre a formação reflexiva dos professores.
No entanto, percebe-se que ainda não existe um consenso quanto ao significado 4
exato do que seja o professor reflexivo, embora haja muitos estudos e pesquisas
nessa linha teórica.
Segundo Pimenta (2002), faz-se necessário compreender com mais
profundidade o conceito de professor reflexivo, pois o que parece estar ocorrendo é
que o termo tornou-se mais uma expressão da moda, do que uma meta de
transformação propriamente dita.
Para Libâneo, é fundamental perguntar: que tipo de reflexão o professor
precisa para alterar sua prática, pois para ele
A reflexão sobre a prática não resolve tudo, a experiência refletida não
resolve tudo. São necessárias estratégias, procedimentos, modos de fazer,
além de uma sólida cultura geral, que ajudam a melhor realizar o trabalho e
melhorar a capacidade reflexiva sobre o que e como mudar (LIBÂNEO, 2005,
p. 76)
Assim, se percebe que pensar sobre a formação de professores é conceber
que o professor nunca está acabado e que os estudos teóricos e as pesquisas são
fundamentais, no sentido de que é por intermédio desses instrumentos que os
professores terão condições de analisar criticamente os contextos históricos, sociais,
culturais e organizacionais, nos quais ocorrem as atividades docentes, podendo
assim intervir nessa realidade e transformá-la
2.2 O processo de interação e de mediação na relação professor-aluno
Em todo processo de aprendizagem humana, a interação social e a mediação
do outro tem fundamental importância. Na escola, pode-se dizer que a interação
professor-aluno é imprescindível para que ocorra o sucesso no processo ensino
aprendizagem. Por essa razão, justifica-se a existência de tantos trabalhos e
pesquisas na área da educação dentro dessa temática, os quais procuram destacar
a interação social e o papel do professor mediador, como requisitos básicos para
qualquer prática educativa eficiente.
De acordo com as abordagens de Paulo Freire, percebe-se uma vasta
demonstração sobre esse tema e uma forte valorização do diálogo como importante
instrumento na constituição dos sujeitos. No entanto, esse mesmo autor defende a
ideia de que só é possível uma prática educativa dialógica por parte dos
educadores, se estes acreditarem no diálogo como um fenômeno humano capaz de 5
mobilizar o refletir e o agir dos homens e mulheres. E para compreender melhor
essa prática dialógica, Freire acrescenta que
[...], o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se
solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser
transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar
idéias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de
idéias a serem consumidas pelos permutantes. (FREIRE, 2005, p. 91).
Assim, quanto mais o professor compreender a dimensão do diálogo como
postura necessária em suas aulas, maiores avanços estará conquistando em
relação aos alunos, pois desse modo, sentir-se-ão mais curiosos e mobilizados para
transformarem a realidade. Quando o professor atua nessa perspectiva, ele não é
visto como um mero transmissor de conhecimentos, mas como um mediador,
alguém capaz de articular as experiências dos alunos com o mundo, levando-os a
refletir sobre seu entorno, assumindo um papel mais humanizador em sua prática
docente.
Já para Vygotsky, a ideia de interação social e de mediação é ponto central
do processo educativo. Pois para o autor, esses dois elementos estão intimamente
relacionados ao processo de constituição e desenvolvimento dos sujeitos. A atuação
do professor é de suma importância já que ele exerce o papel de mediador da
aprendizagem do aluno. Certamente é muito importante para o aluno a qualidade de
mediação exercida pelo professor, pois desse processo dependerão os avanços e
as conquistas do aluno em relação à aprendizagem na escola.
Organizar uma prática escolar, considerando esses pressupostos, é sem
dúvida, conceber o aluno um sujeito em constante construção e transformação que,
a partir das interações, tornar-se-á capaz de agir e intervir no mundo, conferindo
novos significados para a história dos homens.
Quando se imagina uma escola baseada no processo de interação, não se
está pensando em um lugar onde cada um faz o que quer, mas num espaço de
construção, de valorização e respeito, no qual todos se sintam mobilizados a
pensarem em conjunto.
Na teoria de Vygotsky, é importante perceber que como o aluno se constitui
na relação com o outro, a escola é um local privilegiado em reunir grupos bem
diferenciados a serem trabalhados. Essa realidade acaba contribuindo para que, no
conjunto de tantas vozes, as singularidades de cada aluno sejam respeitadas.6
Portanto, para Vygotsky, a sala de aula é, sem dúvida, um dos espaços mais
oportunos para a construção de ações partilhadas entre os sujeitos. A mediação é,
portanto, um elo que se realiza numa interação constante no processo ensinoaprendizagem. Pode-se dizer também que o ato de educar é nutrido pelas relações
estabelecidas entre professor-aluno.

Referencial Teórico * O professor e sua prática...



Muitos professores que atuam nas escolas não se dão conta da importante
dimensão que tem o seu papel na vida dos alunos. Nesse sentido, um dos aspectos
que se quer ressaltar neste artigo é a importância da formação do professor e da
compreensão que ele deve ter em relação a esse assunto. Pois, não há como
acontecer na escola uma educação adequada às necessidades dos alunos sem
contar com o comprometimento ativo do professor no processo educativo.
Entretanto, ao aproximar-se da figura de alguns professores, percebe-se que
muitos, baseados no senso comum, acreditam que ser professor é apropriar-se de
um conteúdo e apresentá-lo aos alunos em sala de aula.
Mudar essa realidade é necessário para que uma nova relação entre
professores e alunos comece a existir dentro das escolas. Para tanto, é preciso
compreender que a tarefa docente tem um papel social e político insubstituível, e
que no momento atual, embora muitos fatores não contribuam para essa
compreensão, o professor necessita assumir uma postura crítica em relação a sua
atuação recuperando a essência do ser “educador”.
E para o professor entender o real significado de seu trabalho, é necessário
que saiba um pouco mais sobre sua identidade e a história de sua profissão.
Teríamos que conseguir que os outros acreditem no que somos. Um
processo social complicado, lento, de desencontros entre o que somos para
nós e o que somos para fora [...] Somos a imagem social que foi construída
sobre o ofício de mestre, sobre as formas diversas de exercer este ofício.
Sabemos pouco sobre a nossa história (ARROIO, 2000, p.29).
Fazendo uma correlação com esse ponto de vista, não se pode deixar de
destacar e valorizar os fenômenos histórico-sociais presentes na atividade
profissional do professor. Nessa perspectiva, jamais poderá ser compreendido o
trabalho individual do professor desvinculado do seu papel social, dessa forma estarse-ia descaracterizando o sentido e o significado do trabalho docente.
Considerando a emergência de se trabalhar a identidade do professor,
percebe-se uma vasta bibliografia sobre a profissão docente, a qual tem
apresentado muitas ideias e questionamentos, principalmente sobre a formação dos
professores, e, mais especificamente, sobre a formação reflexiva dos professores.
No entanto, percebe-se que ainda não existe um consenso quanto ao significado 4
exato do que seja o professor reflexivo, embora haja muitos estudos e pesquisas
nessa linha teórica.
Segundo Pimenta (2002), faz-se necessário compreender com mais
profundidade o conceito de professor reflexivo, pois o que parece estar ocorrendo é
que o termo tornou-se mais uma expressão da moda, do que uma meta de
transformação propriamente dita.
Para Libâneo, é fundamental perguntar: que tipo de reflexão o professor
precisa para alterar sua prática, pois para ele
A reflexão sobre a prática não resolve tudo, a experiência refletida não
resolve tudo. São necessárias estratégias, procedimentos, modos de fazer,
além de uma sólida cultura geral, que ajudam a melhor realizar o trabalho e
melhorar a capacidade reflexiva sobre o que e como mudar (LIBÂNEO, 2005,
p. 76)
Assim, se percebe que pensar sobre a formação de professores é conceber
que o professor nunca está acabado e que os estudos teóricos e as pesquisas são
fundamentais, no sentido de que é por intermédio desses instrumentos que os
professores terão condições de analisar criticamente os contextos históricos, sociais,
culturais e organizacionais, nos quais ocorrem as atividades docentes, podendo
assim intervir nessa realidade e transformá-la
2.2 O processo de interação e de mediação na relação professor-aluno
Em todo processo de aprendizagem humana, a interação social e a mediação
do outro tem fundamental importância. Na escola, pode-se dizer que a interação
professor-aluno é imprescindível para que ocorra o sucesso no processo ensino
aprendizagem. Por essa razão, justifica-se a existência de tantos trabalhos e
pesquisas na área da educação dentro dessa temática, os quais procuram destacar
a interação social e o papel do professor mediador, como requisitos básicos para
qualquer prática educativa eficiente.
De acordo com as abordagens de Paulo Freire, percebe-se uma vasta
demonstração sobre esse tema e uma forte valorização do diálogo como importante
instrumento na constituição dos sujeitos. No entanto, esse mesmo autor defende a
ideia de que só é possível uma prática educativa dialógica por parte dos
educadores, se estes acreditarem no diálogo como um fenômeno humano capaz de 5
mobilizar o refletir e o agir dos homens e mulheres. E para compreender melhor
essa prática dialógica, Freire acrescenta que
[...], o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se
solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser
transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar
idéias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de
idéias a serem consumidas pelos permutantes. (FREIRE, 2005, p. 91).
Assim, quanto mais o professor compreender a dimensão do diálogo como
postura necessária em suas aulas, maiores avanços estará conquistando em
relação aos alunos, pois desse modo, sentir-se-ão mais curiosos e mobilizados para
transformarem a realidade. Quando o professor atua nessa perspectiva, ele não é
visto como um mero transmissor de conhecimentos, mas como um mediador,
alguém capaz de articular as experiências dos alunos com o mundo, levando-os a
refletir sobre seu entorno, assumindo um papel mais humanizador em sua prática
docente.
Já para Vygotsky, a ideia de interação social e de mediação é ponto central
do processo educativo. Pois para o autor, esses dois elementos estão intimamente
relacionados ao processo de constituição e desenvolvimento dos sujeitos. A atuação
do professor é de suma importância já que ele exerce o papel de mediador da
aprendizagem do aluno. Certamente é muito importante para o aluno a qualidade de
mediação exercida pelo professor, pois desse processo dependerão os avanços e
as conquistas do aluno em relação à aprendizagem na escola.
Organizar uma prática escolar, considerando esses pressupostos, é sem
dúvida, conceber o aluno um sujeito em constante construção e transformação que,
a partir das interações, tornar-se-á capaz de agir e intervir no mundo, conferindo
novos significados para a história dos homens.
Quando se imagina uma escola baseada no processo de interação, não se
está pensando em um lugar onde cada um faz o que quer, mas num espaço de
construção, de valorização e respeito, no qual todos se sintam mobilizados a
pensarem em conjunto.
Na teoria de Vygotsky, é importante perceber que como o aluno se constitui
na relação com o outro, a escola é um local privilegiado em reunir grupos bem
diferenciados a serem trabalhados. Essa realidade acaba contribuindo para que, no
conjunto de tantas vozes, as singularidades de cada al
uno sejam respeit
adas.6
Portanto, para Vygotsky, a sala de aula é, sem dúvida, um dos espaços mais
oportunos para a construção de ações partilhadas entre os sujeitos. A mediação é,
portanto, um elo que se realiza numa interação constante no processo ensinoaprendizagem. Pode-se dizer também que o ato de educar é nutrido pelas relações
estabelecidas entre professor-aluno.

terça-feira, 29 de março de 2011

artigo - Antonio Gois

A escola "daquele tempo"

É muito comum ouvir alguém com mais de 40 anos dizer, com tom nostálgico, que a escola pública "do meu tempo" tinha qualidade, que os professores ensinavam para valer, que os alunos tinham disciplina ou que as escolas particulares eram uma opção apenas para os alunos mais fracos.
Muitas dessas afirmações são verdadeiras, outras exageradas. O fato é que não se pode comparar a escola pública de hoje e a "daquele tempo" sem levar em conta que, no passado, essa escola era para poucos.
Uma pesquisa divulgada nesta semana pelo IBGE (www.ibge.gov.br) dá bem uma noção de como a escola pública era um privilégio de poucos no passado.
Segundo o IBGE, em 1940, o Brasil tinha 3,3 milhões de estudantes no primário, secundário e técnico (equivalentes hoje ao ensino fundamental e médio). O número de brasileiros em idade para estudar em um desses níveis de ensino, no entanto, era muito maior: 15,5 milhões de pessoas de 5 a 19 anos de idade.
Isso significa que os estudantes efetivamente na escola representavam apenas 21% da população em idade escolar. Em 1960, essa porcentagem subiu para 31%, mas continuou muito baixa. Somente em 1998 o país chegou próximo de ter todos os jovens e crianças na escola: 86%.
Para não ficar só nos números, qualquer pessoa pode comparar o elitismo da escola pública no passado comparando fotos. Reparem só como as fotos de escolas públicas do passado apresentam apenas crianças de cor branca, bem vestidas, com uniformes impecáveis.
Hoje, felizmente, a escola pública, pelo menos no ensino fundamental, se massificou. Nela, há pobres, pretos, filhos de analfabetos, enfim, crianças que não encontravam lugar na escola "daquele tempo".
Apesar de não haver estatísticas que possam comprovar essa tese, é bem provável que a escola pública tenha mesmo perdido qualidade. Isso aconteceu quando ela teve que abrir as portas para a população mais pobre. Quando ficou democrática, do ponto de vista do acesso, ela perdeu também em qualidade.
Hoje, o grande desafio é garantir qualidade para todos. Impedir, por exemplo, que as crianças cheguem à quarta série sem saber ler e escrever. E antes que alguém coloque a culpa no sistema de ciclos (onde não há reprovação todo ano), vale dizer que ele existe apenas a partir da década de 90 e representa existe em pouco mais de 10% do total de escolas. Nossas crianças não estão aprendendo, seja em ciclos, seja em sistemas seriados, seja em qualquer outro sistema que tenha sido massificado.
A comparação com o passado é desejável quando se acredita que é possível voltar a ter qualidade na escola pública. É preciso tomar cuidado, no entanto, para não deixar de considerar que estamos comparando duas escolas bem diferentes. Uma que, no passado, atendia aos ricos e outra que, atualmente, atende a todos.
Para resumir, eu simplificaria a questão dizendo que nosso sistema público melhorou muito porque passou a atender a todos, mas falhou ao não conseguir manter para esses novos estudantes a mesma qualidade do ensino que dava aos filhos da elite no passado.

Artigo de Antonio Góis – um máximo !!!!!!!!!

O espaço Pedagógico - estágio (Sesc) III

Cada instituição de ensino possui uma estrutura física que geralmente não é adquirida por decisão dos educadores, porém eles podem intervir no sentido de tornar o ambiente escolar acolhedor através de uma decoração e organização adequada do espaço.
O ambiente escolar deve proporcionar harmonia e funcionalidade, não apenas para os alunos, mas para todos que fazem parte da instituição escolar de forma direta ou indireta. O que acontece é que na maioria das vezes quando se aborda a organização do espaço pedagógico o que vem em mente são as crianças da Educação Infantil, o importante é que, apesar delas necessitarem de um espaço maior, os demais trabalhadores devem se sentir à vontade para exercer suas tarefas de forma qualificada.

Ao iniciar a organização do espaço é importante lembrar que crianças necessitam de espaço que possam chegar, brincar, aprender, comer, realizar as necessidades fisiológicas e até mesmo dormir.
Quanto aos professores, esses necessitam de um espaço onde possam se reunir, trabalhar em equipe, receber visitas de pais, para guardar material e outros.
Ressalta-se que muitas escolas não possuem espaço físico suficiente para preencher as necessidades, nesse caso a imaginação é aspecto fundamental para a organização.
A decoração deve partir do princípio de uma elaboração de propostas realizadas pelos educadores de forma que tenham uma distribuição e organização do espaço que corresponda às reais necessidades.
A estética é importante, porém a prioridade deve ser a sensação de bem-estar, um lugar acolhedor no qual, com o decorrer do ano letivo, realizem modificações de acordo com as necessidades das crianças e do grupo.
O ideal é não esquecer que o ambiente está sendo preparado para crianças e não para adultos, portanto requer bastante cautela no momento das escolhas.

ludicidade (estágio Sesc) II -

1 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE PARA A CRIANÇA NAS SÉRIES INICIAIS
O brincar é sem dúvida um meio pelo qual os seres humanos, principalmente as
crianças, exploram uma grande variedade de experiências em diferentes situações e com
diversos objetivos. A criança envolve-se com o brincar em vários ambientes: em casa, na rua,
no clube e na escola... Em cada situação o brincar tem um sentido e uma adequação diferente.
Para Moyles (2001. p.181): “Na escola, o brincar pode ser dirigido, livre ou exploratório: o
essencial é que ele faça a criança avançar do ponto em que está no momento em sua
aprendizagem, criando condições para a ampliação e revisão de seus conhecimentos.” Dessa
maneira, o lúdico torna-se essencial no desenvolvimento da criança, pois no brincar não se
aprende somente conteúdos, mas se aprende para a vida.
É por meio da ludicidade que as crianças criam, têm o poder, esquecendo assim o
distanciamento entre elas e os adultos. Assim vão construindo sua inteligência e o próprio
amadurecimento social. É por meio do brincar que a criança exterioriza seus anseios e imita o
mundo dos adultos e através deste comportamento ela consegue aproximar-se do processo de
conscientização sobre a responsabilidade, tanto de sua conduta quanto do seu
desenvolvimento social.
Os recentes estudos têm mostrado que as atividades lúdicas são ferramentas
indispensáveis no desenvolvimento infantil, porque para a criança não há atividade

mais completa do que o brincar. Pela brincadeira, a criança é introduzida no meio
sociocultural do adulto, constituindo-se num modelo de assimilação e recriação da
realidade. (SANTOS, 1999, p.7).
O lúdico é fundamental para a criança em todas as faixas etárias. Na Educação Infantil,
o raciocínio lógico ainda não é suficiente para que ela dê explicações coerentes a respeito de
certas coisas e o poder da fantasia ainda é muito maior que a condição de explicar. Então, pelo
jogo simbólico, a criança exercita não só o aspecto cognitivo, mas também suas habilidades
motoras, já que salta, corre, gira, rola, transporta...Também é através dessas mesmas
brincadeiras que se desenvolve o equilíbrio emocional e a autonomia, elementos fundamentais
para o sucesso das aprendizagens futuras. Segundo Vygotski, Luria e Leontiev (1988. p.130)
“...nos brinquedos no período escolar, as operações e ações da criança são, assim, sempre
reais e sociais, e nelas a criança assimila a realidade humana.”
O brincar ajuda os participantes a desenvolver confiança em si mesmos e em suas
capacidades. As oportunidades de explorar conceitos como liberdade existem implicitamente
em situações lúdicas, levando assim ao desenvolvimento da autonomia. Para isso a criança
precisa estar envolvida no ato de brincar para poder organizar suas idéias e assim, exteriorizar
seus sentimentos mais profundos que permitam colocá-la sempre em desafios e situações que
a façam aprimorar a própria condição do seu aprendizado. Nesse sentido, para Machado
(1994, p. 37): “....o brincar é um grande canal para o aprendizado, senão o único canal para
verdadeiros processos cognitivos.”
É importante salientar que, acima de tudo, o brincar motiva e dá prazer. E é por isso
que ele proporciona um clima especial para a aprendizagem das crianças de todas as faixas
etárias. O brincar na escola estimula uma aprendizagem diferente e interessante. O papel do

professor é de garantir que, no contexto escolar, a aprendizagem seja contínua e inclua fatores
além dos puramente intelectuais: social, o emocional, o físico, o estético, o ético e o moral
devem se combinar com o intelectual para tornar a aprendizagem mais abrangente e
formadora.
Assim o lúdico em situações educacionais, proporciona não só um meio real de
aprendizagem como permite também que adultos perceptivos e competentes aprendam sobre
crianças e suas necessidades. No contexto escolar isso significa professores capazes de
compreender onde as crianças estão em sua aprendizagem e desenvolvimento geral, o que por
sua vez, dá aos educadores um ponto de partida para promover novas aprendizagens nos
domínios cognitivo e afetivo, para a construção de saberes significativos.
O construtivismo enfatiza a importância não somente da criança descobrir as
respostas da sua maneira, mas também de levantar as suas próprias perguntas.
Começar o trabalho partindo das perguntas da própria criança assegura ao professor
o início do processo de aprendizagem construtivista partindo do ponto onde a
criança está, ao invés de começar por onde o professor está. (KAMII e DEVRIES,
1991, P.28).
Também, é inegável a importância dos jogos no ensino. Durante séculos, jogos como o
xadrez ofereceram desafios aos jogadores. Muitos autores afirmam que o jogar está na
essência do brincar. Assim, os problemas também podem ser apresentados às crianças por
meio de jogos. Jogos de estratégia e aventura são abundantes no mundo dos computadores e
ajudam no aprimoramento do raciocínio lógico e na capacidade de resolver problemas.
Interessante seria utilizar jogos no ensino da Matemática e das demais disciplinas, pois a
resolução de problemas associa o intelectual ao prático, vincula habilidades básicas a outras

mais complexas, vincula ensino à aprendizagem – essencialmente ele vincula o brincar ao
trabalhar, facilitando a assimilação de conteúdos aparentemente difíceis e complicados.
As atividades lúdicas também são fundamentais para o desenvolvimento da criatividade.
As pesquisas mostram que as crianças que vivem a fantasia e o brincar de boa qualidade
livremente, são consideradas grandes fantasistas e passam grande tempo imersas em
pensamentos imaginativos. Crianças criativas têm melhor concentração, são geralmente
menos agressivas, contam e escrevem histórias mais originais, interessantes e com
personagens mais complexos e também tendem a gostar mais do que fazem, aprendendo
melhor. Para ser criativa a criança precisa brincar e o brincar precisa ser estimulado com vigor
no ambiente escolar.
Nesse sentido, também é importante considerar o currículo escolar como um todo,
utilizando o brincar como estratégia de ensino e aprendizagem. As crianças brincam tão
naturalmente como comem e dormem e aprendem a partir deste brincar. É necessário lembrar
que elas também aprendem de outras maneiras interessantes e o papel do adulto é assegurar
que as atividades sejam divertidas. “Assim como os professores acham relevante estabelecer
objetivos escritos (por exemplo, completar uma página de somas...), eles devem estar
preparados para dar igual valor no estabelecimento de objetivos no brincar.” (MOYLES,
2001. p. 100 ).
Para atingir melhores resultados é conveniente que também os pais entendam que o
brincar tem direção, progressão e resultados educacionais sólidos, que esta é uma atividade
valiosa corretamente associada à aprendizagem. A escola e sua equipe de professores têm a

incumbência de rever o processo de ensino e aprendizagem frente ao lúdico, passando aos
pais a veracidade do seu propósito de construir, junto a seus filhos, os alicerces que venham
proporcionar benefícios às habilidades sociais e escolares trabalhadas.
Portanto,

Em homenagem a minha eterna preceptora "Hedlamar" a quem me ajudou a entender o não entendido

Frases de Paulo Freire
Paulo Freire - O mentor da Educação...

"Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo.
E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade..

A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.


Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes.


Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina.


Mudar é dificil mas é possivel!!!


"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".
"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes



brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se


a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."


"As crianças têm uma sensibilidade enorme para perceber que a professora faz exatamente o contrário do que diz".



sou sequidora !!!!!

sexta-feira, 4 de março de 2011

ATIVIDAES PARA CRIANÇAS DE 5 ANOS

PÁTIO ARRUMADINHO

Idade
5 anos.

Tempo
30 minutos, duas vezes por semana, durante o ano todo.

Espaço
Sala de aula e pátio.

Material
Sacos de lixo, cestas e caixas.

Objetivos
Compartilhar a responsabilidade pelos espaços comuns, mover-se com autonomia e preservar o espaço escolar.

Descrição
Convide as crianças a voltar para o pátio depois do recreio. Peça a elas para observarem como ficou o espaço, se há objetos fora do lugar e quais são, se há lixo jogado no chão etc. Volte para a sala e converse com a turma sobre o que foi visto. Discuta com o grupo a possibilidade de criar uma rotina para que o pátio esteja organizado e limpo no final de cada recreio. Proponha às crianças que formem pequenos grupos responsáveis pela manutenção do espaço depois de todos irem embora. Em seguida, a turma recolhe os objetos encontrados e os guarda em uma caixa de achados e perdidos que fica exposta na escola ou passa pelas salas contando o que encontraram e perguntando quem são os donos dos brinquedos perdidos. Nesse momento, eles contam aos colegas das outras salas sobre a preocupação com o espaço externo e aproveitam para compartilhar idéias para mantê-lo organizado e limpo. É importante que este seja um trabalho que se estenda pelo ano todo, pois os valores precisam de tempo para serem interiorizados.

UMA TRILHA DIFERENTE

Idade
5 anos.

Tempo
30 minutos (somente para o jogo).

Espaço
Sala de aula ou pátio.

Material
Cartolina ou papel-cartão colorido e canetas hidrográficas de diversas cores (para a confecção do tabuleiro), dado, materiais diversos para a confecção dos pinos personalizados (massinha, EVA, espuma, cartolina, cortiça etc.), tesoura, cola e fita crepe.

Objetivo
Aprender a elaborar e respeitar regras que façam sentido para todos os integrantes do grupo.

Descrição
Apresente um jogo de trilha que sirva de modelo para as crianças. Discuta com elas que regras o novo jogo terá (por exemplo, em que ocasiões se pode pular duas casas, ficar uma vez sem jogar, voltar ao início, jogar o dado novamente etc.), qual o formato e o tamanho da trilha, as cores E a ordem das de casas, entre outros itens. Peça para todos escolherem de que etapa da construção do jogo participarão: recorte de cartolinas, elaboração das letras e números que integrarão cada casa, colagem dos materiais, construção do próprio pino com o material que desejar. Pronta a trilha e o pino de cada um, combina-se o critério para a ordem dos jogadores na partida, com base também nas sugestões da turma (ordem alfabética, valor do dado etc). O jogo inicia com a primeira criança jogando o dado e seguindo pelo tabuleiro com seu pino até a respectiva casa. A criança seguinte faz o mesmo e assim por diante. Quem chegar em primeiro lugar ao fim da trilha vence a partida.

NOMES EM JOGO

Idade
5 anos.

Tempo
Diariamente

Espaço
Sala de aula

Material
Caça-palavras e Cruzadinha – folhas de caderno, caneta esferográfica e lápis; Forca – giz e quadro; Memória – Pedaços quadrados de papel-cartão com 6 centímetros de lado, caneta hidrográfica preta, lápis de cor ou fotos 3x4 de cada criança.

Objetivo
Ler e a escrever usando os nomes próprios por meio de jogos.

Descrição
Caça-palavras
Em uma folha de caderno, escreva com letra bastão maiúscula os nomes das crianças na horizontal e na vertical. Não vale colocar na diagonal e nem escrevê-las de trás para frente. Preencha os espaços em branco aleatoriamente com outras letras. Faça uma lista com os nomes que as crianças devem achar. Tire cópias suficientes para todos, distribua e peça para descobrirem os nomes no emaranhado de letras.

Cruzadinha
Calcule quantos espaços serão necessários para escrever o nome de um de seus alunos e desenhe em uma folha de caderno, na horizontal, os quadradinhos correspondentes. Por exemplo: para escrever Pedro, serão necessários cinco quadrados. Pense em outra criança que tenha no nome uma letra igual ao da primeira. Por exemplo, Daniela. Desenhe na vertical, a partir da letra “d” de Pedro, seis quadradinhos. Faça o mesmo com outros nomes. Numere cada seqüência no diagrama e, em uma coluna ao lado, indique os números e os nomes que você quer que as crianças escrevam nos quadrinhos. Vale também dar algumas características dos donos dos nomes conhecidas pelo grupo. Tire cópias e distribua.

Forca
Esse jogo deve ser feito coletivamente. Você pensa no nome de alguém da turma e desenha uma linha pontilhada com um número de traços correspondente ao de letras desse nome. Ao lado, desenha uma forca. As crianças chutam quais letras podem compor o nome. Quando acertam, você põe a letra no lugar. Quando erram, você desenha uma parte do corpo de um boneco pendurado na forca. Quando ele estiver completo, significa que a classe perdeu e você ganhou. Quem adivinhar a palavra primeiro vai para o quadro propor um novo desafio.

Memória
Distribua dois cartões em branco para cada criança e peça que ela escreva o próprio nome em ambos. Se houver integrantes da turma que ainda não sabem escrever, dê um modelo para que copiem. Cada um escreve o próprio nome nos dois cartões e desenha um auto-retrato ou cola a própria foto em um dos cartões. Recolha os cartões, divida a classe em grupos e redistribua o material. Cada grupo deve receber os cartões com seus nomes. As crianças embaralham os cartões virados para baixo e escolhem quem inicia a partida. Cada jogador deve, na sua vez, localizar o par. Ganha quem terminar o jogo com mais pares descobertos.
Até mais.

quarta-feira, 2 de março de 2011

ATIVIDADES PARA CRIANÇAS DE 3 E 4 ANOS ...

A MÚSICA DOS NOMES
IDADE> A partir de 4 meses.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
OBJETIVOS> Reconhecer o próprio nome e reforçar o vínculo com o educador.
Escolha uma música na qual você possa incluir o nome das crianças. Alguns exemplos: “Se Eu Fosse um Peixinho”, “A Canoa Virou”, “Ciranda, Cirandinha” e “Fui no Itororó”. Reúna a turma em um local agradável e cante. Os bebês também podem participar, já que a intenção é fazer com que se familiarizem com os nomes. Aos que já andam, sugira uma roda, que vai se formando com aqueles que ouvem o próprio nome.
HORA DA COLHEITA
IDADE> A partir de 3 anos.
TEMPO> Uma hora.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Cartolina ou papel cartão, argila, tinta, dado com um lado de cada cor, miniatura de um passarinho (de plástico ou origami) e vasilhas ou cestinhos coloridos.
OBJETIVOS> Integrar-se ao grupo e colaborar com os colegas.
PREPARAÇÃO> Cole uma gravura ou desenhe uma árvore cheia de galhos do tamanho de uma cartolina para servir de tabuleiro. Faça frutinhas de argila, deixe secar e pinte-as com as mesmas cores do dado que será usado no jogo. Em uma das faces dele, desenhe um passarinho. Confeccione também cestinhas de origami ou arrume vasilhas com as mesmas cores do dado e providencie um brinquedo em forma de passarinho. Coloque o tabuleiro sobre uma mesa e espalhe as frutinhas pelos galhos. O passarinho deve ficar solto. Em volta do tabuleiro, espalhe as cestinhas coloridas. Jogo para quatro crianças. Uma criança por vez lança o dado, retira da árvore a fruta da mesma cor indicada pelo dado e coloca-a na cestinha, também da mesma tonalidade. Se o dado cair com a face que traz o passarinho, é ele quem fica com a fruta. O objetivo é colher todas antes que o passarinho as coma.

TEATRO DE BONECOS
IDADE> A partir de 1 ano e meio.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou biblioteca.
MATERIAL> Fantoches ou dedoches.
OBJETIVO> Conhecer a rotina da escola enquanto conversa com os personagens.
Sente-se com as crianças no chão e faça os bonecos “conversarem” com cada uma. Você pode fazer perguntas como:
- Quem trouxe você para a escola hoje?
- Você tem amigos? Quem são?
- Você já brincou no parque?
- Você já tomou lanche?
MAMÃE TEM CARTINHA PRA VOCÊ
IDADE> A partir de 2 anos.
TEMPO> Uma hora.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Canetas hidrográficas, papel e envelopes.
OBJETIVOS> Tranqüilizar- se quanto aos sentimentos de adaptação (exemplo: tristeza) e compartilhar com os pais as atividades escolares.
Distribua uma folha de papel e canetas hidrográficas para cada criança e peça que faça uma cartinha aos pais. Quando todas terminarem os desenhos, chame uma por uma e pergunte a quem a mensagem é endereçada e o que ela deseja comunicar. Escreva o que a criança disser na mesma folha usada por ela. É importante perguntar se ela quer entregar a carta à pessoa apontada. Em caso positivo, coloque-a em um envelope e oriente a criança a entregá-la ao chegar em casa. Caso contrário,guarde o desenho com as demais atividades
CUIDADO COM A BONECA
IDADE> De 1 a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Bonecas, roupinhas de boneca, retalhos de tecido, mamadeiras e chupetas.
OBJETIVOS> Jogo simbólico; tocar o colega; e ter um bom relacionamento com o grupo.
Esta brincadeira é para meninos e meninas, pois tem o objetivo de desenvolver o relacionamento interpessoal, promovendo atitudes de cuidado e carinho com o outro –necessidades que são comuns a todos, independentemente do sexo. Isso vai se dar no faz-de-conta, momento que a criança aprende sobre as interações sociais. Por isso, é importante ter seu espaço garantido e valorizado na rotina. Proponha que cada um pegue uma boneca e cuide dela como se fosse sua filha. Os pequenos devem dar banho, trocar fralda e fazer carinho.
CHUVINHA DE PAPEL
IDADE> De 8 meses a 3 anos.
TEMPO> De 15 a 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Revistas e jornais velhos.
OBJETIVOS> Relaxar de forma ativa (e não apenas em posição de repouso) e interagir de maneira lúdica com o educador e os colegas.
Sente-se com a turma no chão, em torno de uma pilha de revistas e jornais velhos. Deixe que todos manipulem e rasguem as páginas livremente. Junte os papéis picados num monte e jogue tudo para o alto. Vai ser uma festa! Depois, o papel picado pode ser aproveitado em colagens ou modelagem de bonecos.

PAPAI VEIO BRINCAR
IDADE> De 3 meses a 1 ano.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala ampla.
MATERIAL> Aparelho de som, CDs ou fitas cassete com músicas infantis, bolas, fantoches e panos coloridos.
OBJETIVO> Interagir ludicamente com os pais por meio da brincadeira.
PREPARAÇÃO> Decore o ambiente com os panos.
Coloque uma música e peça para o pai ou a mãe se sentar no chão com o filho. Você pode conduzir as brincadeiras, como rolar uma bola para a criança ou brincar com um fantoche, apresentando possibilidades de interação. Os pais se inspiram em você ou criam brincadeiras.

JOGO DAS EXPRESSÕES
IDADE> De 2 a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Cartolina, pincéis atômicos ou tinta.
OBJETIVOS> Nomear os sentimentos e conversar sobre suas possíveis causas.
PREPARAÇÃO> Desenhe na cartolina várias carinhas com expressões faciais que demonstrem sentimentos de tristeza, alegria, raiva, medo, susto etc. Deixe algumas em branco para nomear um sentimento que apareça no decorrer da brincadeira.
Convide a criança a apontar a que mais revela a maneira como ela se sente naquele momento e a explicar os motivos daquela sensação. Ela pode, por exemplo, estar com raiva do colega porque tirou um brinquedo da sua mão.
CAMINHADA SOLIDÁRIA
IDADE> De 1 ano e meio a 3 anos.
TEMPO> De 5 a 10 minutos.
ESPAÇO> Áreas livres ou outros espaços.
OBJETIVOS> Desenvolver a idéia de grupo e a tolerância.
Esta proposta pode ser aplicada sempre que as crianças tiverem de andar juntas, como da sala para o pátio. Quem quiser correr tem de se controlar. Quem for mais lento precisa se apressar. Se houver alguém com dificuldade de locomoção, o grupo todo terá de esperá-lo.
PINTAR E DESPINTAR
IDADE> De 1 a 2 anos.
TEMPO> De 10 a 15 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Um vidro grosso (janela, porta de vidro ou outra superfície transparente, desde que bem fixa, para garantir segurança), tinta guache, rolinho, pincel, esponja ou as mãos.
OBJETIVOS> Explorar e reconhecer o corpo como produtor de marcas; perceber e reconhecer as características do vidro (transparência, dureza e frieza); e observar e perceber as transformações, movimentos, formas e cores por meio da luz que atravessa o vidro.
Antes de começar a pintura, estimule as crianças a observar a superfície e suas características (lisa, fria, transparente. ..). Brinque de fazer caretas do outro lado do vidro, de pôr a mão atrás dele para a criança tentar pegar e de amassar o rosto contra ele. Depois, as crianças podem espalhar a tinta e observar que onde está pintado não há mais transparência. Proponha que elas pintem com o dedo e observem que a transparência volta por onde o dedo passa. Forme uma roda de conversa para retomar as experiências vividas no processo.
MARCA REGISTRADA
IDADE> De 1 a 2 anos.
TEMPO> De 5 a 10 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Cartolina ou outro tipo de papel e sagu no sabor morango ou uva.
OBJETIVOS> Explorar os materiais (sagu e papel); perceber a marca pessoal; construir a auto-imagem; ordenar formas; e relacionar sensações corporais e registro gráfico.
Pinte com o sagu a palma das mãos das crianças para que elas a imprimam sobre o papel. Você pode pintar a sua e fazer a demonstração. Não faça o trabalho por elas. Dê liberdade de movimentos aos pequenos, mesmo que não façam carimbos, mas pinturas livres (foto na pág. ao lado). Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés, que pode ser feita com as crianças que já andam. Elas podem imprimir os pés enquanto caminham sobre um papel comprido. Chame a atenção para o fato de as marcas ficarem bem visíveis no início e irem desaparecendo à medida que a tinta é gasta.

RASGUE E COLE
IDADE> De 7 meses a 3 anos.
TEMPO> De 10 a 20 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Papel Kraft grande, cola de farinha, revistas e papéis variados (forminha de brigadeiro, embalagem de bala de coco, figurinhas etc.).
OBJETIVO> Perceber diferentes formas, cores e estruturas tridimensionais.
PREPARAÇÃO> Faça a cola: misture em uma panela 1 litro de água, 3 colheres de sopa de farinha de trigo e 1 colher de vinagre. Mexa até engrossar e deixe esfriar. Dê às crianças diversas revistas para recortarem sem tesoura.
Coloque sobre a mesa uma folha de papel Kraft já pincelada com cola de farinha em toda a área.Deixe à disposição das crianças os vários tipos de papel e recortes de revistas para que elas colem no papel Kraft. Vale sobrepor imagens. Ao final, pode-se fazer um painel coletivo e expor o trabalho.
UM PINCEL MUITOS PAPÉIS
IDADE> De 2 a 3 anos..
TEMPO> De 15 a 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Lápis de cor, giz de cera grande ou pincel grosso e vários tipos de suporte, como papel espelho, cartolina, papel cartão de cores diferentes, papel enrugado, papéis com recortes inusitados (com um furo no meio, por exemplo) ou, ainda, madeira, argila etc.
OBJETIVOS> Experimentar diferentes suportes gráficos; explorar várias possibilidades de registro gráfico; perceber diversas formas de expressão; e desenvolver habilidades motoras (dependendo do material, o ato de desenhar exige mais ou menos força, delicadeza para não rasgar etc.). Com um mesmo pincel, lápis de cor ou giz de cera, as crianças desenham sobre papéis de diferentes cores, formas, tamanhos e texturas (e até sobre outros tipos de materiais, como a madeira). Elas vão perceber diferentes efeitos ou tonalidades de um lápis, por exemplo, quando usado sobre superfícies diversas.
TODO MUNDO NA JANELINHA
IDADE> De 9 meses a 2 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Cartolina, caneta hidrocor, cola e uma foto de cada criança.
OBJETIVO> Favorecer o reconhecimento da própria imagem e da dos colegas.
PREPARAÇÃO> Em uma cartolina, desenhe um trenzinho com o número de vagões correspondente à quantidade de crianças. Pendure o cartaz na parede da sala antes de elas chegarem. No dia da brincadeira, peça aos pais que mandem uma foto do filho ou da filha.
Peça aos pequenos que sentem em roda e coloquem a foto no meio do círculo. Aconchegue os bebês no grupo e converse com todos. Comente uma foto por vez. Mostre a imagem e diga: “Olha a Aninha!”, “Onde você estava?”, “Na praia, não é?”, “O seu biquíni era azul?”, “Quem já foi à praia?” Chame as crianças pelo nome, pois é muito comum na Educação Infantil o uso de apelidos. Depois dos comentários, cole as fotos nos vagões e deixe elas apreciarem. Inclua uma foto sua também. O trenzinho fica na classe até as férias. Você vai perceber que, sempre que possível, as crianças vão chamar as pessoas que se aproximam da sala para ver as fotos.
PRODUZIDOS PARA O BAILE
IDADE> A partir de 2 anos.
TEMPO> 40 minutos.
ESPAÇO> Sala ampla.
MATERIAL> Espelho de corpo inteiro, aparelho de som, tecidos, fantasias e maquiagem (testada dermatologicamente, antialérgica e sem álcool).
OBJETIVO> Favorecer a construção da identidade com o uso do espelho.
Leve as crianças para uma sala que tenha um ou vários espelhos grandes para que todas consigam se ver ao mesmo tempo. Deixe as fantasias e os tecidos à disposição delas. Comece a atividade avisando que vai haver um grande baile e, por isso, elas precisam colocar uma roupa especial e se maquiar. Faça você a pintura no rosto das crianças ou peça ajuda a outro educador. Quando a turma estiver pronta, coloque músicas animadas e comece o baile. Depois que as crianças dançarem livremente, conduza a atividade sugerindo que façam caretas em frente do espelho, dobrem os joelhos, levantem os braços, expressem tristeza,balancem a cabeça e movimentem os tecidos que seguram. Sugestão: maquie-se e fantasie-se você também para curtir junto.

CADÊ MINHA FOTO
IDADE> A partir de 1 ano e meio.
TEMPO> Uma hora.
ESPAÇO> Todos os espaços da escola e o tanque de areia.
MATERIAL> Fotos das crianças, cola e plástico adesivo.
OBJETIVO> Reconhecer a própria imagem e a dos colegas.
PREPARAÇÃO> Encape as fotos com o plástico adesivo para que não estraguem. Elas devem ser as que estavam no trenzinho, descrito na atividade Todo Mundo na Janelinha. Esconda-as no tanque de areia.
Quando as crianças entrarem na sala, comente: “Onde estão as fotos do painel? Sumiram! Alguém viu? Não? Vamos procurar?
Devem estar em algum lugar na escola...” Indique alguns espaços para elas procurarem as imagens, deixando o tanque de areia por último. Se a foto encontrada não for a da própria criança, peça que ela a entregue ao dono. Quando todos estiverem com as próprias fotos, podem voltar para a sala e colá-las novamente no painel.
CADA UM É DO SEU JEITO
IDADE> 3 anos.
TEMPO> Uma hora.
ESPAÇO> Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL> Papel Kraft, tesoura, canetas hidrocor e fita adesiva.
OBJETIVOS> Construir a imagem do próprio corpo e trabalhar a auto-estima.
Cada criança deita sobre uma folha de papel para que você possa desenhar a silhueta dela. Recorte o contorno, escreva o nome da criança e entregue a ela para completar o desenho com olhos, mãos, joelhos etc. Nesse momento, incentive a criança a observar o próprio corpo. Não espere nada figurativo. Quando todos concluírem o trabalho, cole as silhuetas lado a lado na parede e estimule a observação: “Olha! A Iara é mais alta que o Pedro”. Converse bastante sobre as particularidades de cada uma. Esse diálogo contribui para a construção da auto-imagem e da auto-estima, pois a criança interioriza o afeto que você e os colegas têm por ela, expresso na conversa.

CAIXA DE SURPRESA
IDADE> A partir de 2 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL> Caixas de sapatos e espelhos pequenos protegidos por uma moldura resistente. Se não houver espelhos na escola, peça aos pais para providenciarem.
OBJETIVO> Brincar com a própria imagem.
PREPARAÇÃO> Peça aos pais que enviem uma caixa de sapatos enfeitada de casa. Antes de a atividade começar, cole o espelho no fundo de cada caixa.
Reúna as crianças em círculo e entregue a cada uma sua caixa. Primeiro, peça a elas que apenas segurem. Comente as diferenças entre elas. Fale das cores, dos desenhos, se têm brilho... E avise: “Sempre que vocês abrirem a caixa encontrarão uma surpresa”. A primeira “surpresa” será a criança se ver dentro da caixa, refletida no espelho. Mantenha o espelho na caixa e, a partir da segunda vez, cada uma deve ter algo diferente, como maquiagem, escova de cabelo, sachês ou outros objetos que façam parte do acervo da creche.
QUEM ESTÁ AQUI
IDADE> De 2 a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala com pouca luz.
MATERIAL> Lanternas pequenas.
OBJETIVOS> Descobrir o que há no espaço e olhar os colegas de outra maneira.
Entregue uma lanterna pequena e acesa para cada criança. Depois, leve-as a um espaço com luminosidade reduzida e sem móveis, para que não se machuquem. Ao chegar ao local, deixe que andem livremente pela sala,incentivando- as a explorar o ambiente. Uma idéia é procurar os colegas. Elas podem também iluminar partes do corpo do outro e tentar descobrir quem é.
HOJE É DIA DE NOVIDADE
IDADE> A partir de 4 meses.
TEMPO> Uma hora.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Caixa, objetos com diversas formas, texturas e tamanhos (caixinhas encapadas com papel ou tecido contendo areia, pedrinhas ou grãos variados), bexigas com um pouco de água dentro, pedaços de conduíte, rolos de papel-toalha pintados ou encapados, luvas cirúrgicas com talco, argolas, potes de filme fotográfico com miçangas, garrafas PET pequenas com pedaços de papel colorido, espelhinhos, chocalhos, tampas de vasilhas e sachês.
Obs.: as caixas ou outros objetos que contêm miudezas devem estar bem vedadas, para que o conteúdo não escape..
OBJETIVOS> Conhecer os objetos e formas de interagir.
PREPARAÇÃO> Espalhe almofadas pelo chão para a sala ficar aconchegante e coloque as crianças sentadas sobre elas. Os bebês também podem entrar na roda, acomodados em assentos próprios.
(Inicie a brincadeira dizendo à turma que você trouxe uma caixa cheia de surpresas. Abra-a e tire de dentro dela um objeto por vez, mostrando as várias possibilidades de manuseio, as cores e os desenhos. Essa mediação é fundamental para despertar o interesse da garotada: é observando e imitando sua ação que a criança vai ampliar o repertório de movimentos e criar variações. Quando isso acontecer, chame a atenção das demais para o novo jeito de brincar. Assim você continua estimulando a imitação. Explore ao máximo cada peça, sacudindo, jogando, empilhando, torcendo ou colocando próximo ao ouvido. Só depois entregue-a às crianças. Distribua todo o conteúdo da caixa e permita que elas troquem as peças entre si. Os bebês interagem pelo olhar, mas também podem brincar. Se eles ainda não conseguirem segurar os objetos, ajude-os. Essa atividade pode ser repetida várias vezes na semana, com os mesmos objetos ou outros novos que você trouxer. Guarde-os sempre limpos.)
CANTINHO DE LEITURA
IDADE> A partir de 9 meses..
TEMPO> De 10 a 15 minutos por dia.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Tapete ou colchão, almofadas ou sofá em miniatura, bonecos de pano e fantoches de personagens familiares às crianças e vários livros.
OBJETIVOS> Interessar-se por histórias e explorar os livros.
A experiência de manusear livros desde os primeiros meses de vida colabora com o aprendizado da leitura.
Escutar histórias com regularidade também favorece a formação de melhores leitores e apreciadores do universo literário. Organize em sua sala um espaço de leitura que as crianças possam freqüentar e explorar, entrando em contato diariamente com livros, álbuns de imagens, fantoches e bonecos de pano. Vale lembrar que esse espaço deve ser confortável, acolhedor e atrativo. Assim, as crianças se envolvem por um tempo maior com suas atividades. Os livros e demais materiais expostos precisam ser resistentes. Se acontecer de algum ser rasgado ou amassado, conserte e ponha em uso novamente. Leia livros para o grupo. Por causa da idade, as crianças não ficarão sentadas em roda, como as mais velhas. O interesse de uma criança pequena por uma história lida pode ser percebido por reações de alegria ou tentativas de encenar a história. Observe esses sinais e incentive as crianças que os emitiram. Ao escolher as histórias para ler ou contar, opte por livros com ilustrações de qualidade. Não se preocupe com variedade, porque as crianças pequenas gostam de ouvir várias vezes a mesma história. Antes ou depois da leitura, lembre de dar um tempo para as crianças manusearem livremente os livros..
ARTE COM MINGAU
IDADE> De 8 meses a 1 ano e meio.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL> Maisena, corante alimentar e água.
OBJETIVO> Interagir com o espaço.
PREPARAÇÃO> Em uma panela, dissolva uma colher de sopa de maisena para cada copo de água. A quantidade é de acordo com o número de crianças ou o tamanho do espaço onde a atividade será realizada. Coloque pitadas de corante até a mistura ficar com a cor que você deseja. Leve-a ao fogo e mexa até que se transforme em um mingau. Deixe esfriar. Avise os pais para mandarem roupas velhas no dia da brincadeira. Espalhe a mistura no chão da sala onde as crianças vão brincar. Deixe-as andar, engatinhar e rolar sobre o mingau, interagindo com o espaço. Atenção para que todos se divirtam e ninguém se machuque. Incentive as várias possibilidades de movimento.
CORRIDA DE OBSTÁCULOS
IDADE> Até 3 anos.
TEMPO> De10 a 20 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL> Colchonetes, tatames ou tapetes de EVA e obstáculos, como bancos, cordas, túneis, rampas etc.
OBJETIVO> Desenvolver a coordenação motora, noções de espaço, lateralidade, equilíbrio, deslocamento, esquema corporal, ritmo e atenção.
PREPARAÇÃO> Organize a sala forrando o chão com os colchonetes. Espalhe pelo ambiente alguns obstáculos.
Proponha às crianças diferentes movimentos: ajude-as a rolar com braços e pernas esticados, para a frente e para trás; sugira que engatinhem por baixo da mesa ou de uma corda amarrada a uma altura baixa, dentro de um túnel, em uma rampa, em diferentes direções e em ziguezague; dê uma força também para elas andarem de frente e de costas em cima de um banco ou sobre materiais diversos, devagar e rápido, com passos de formiguinha e de gigante; incentive-as a trabalhar o impulso com pulos, saltos para a frente e para trás, livres ou sobre obstáculos.
CABANINHA TRANSPARENTE
IDADE> Até 3 anos.
TEMPO> De 30 a 50 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades ou parque.
MATERIAL> Tule com metragem suficiente para que as paredes da cabana cheguem até o chão ou várias tiras coloridas e compridas de papel celofane, bambolê, cola, tesoura, barbante, fita dupla face ou crepe e pequenos ganchos de metal no teto.
OBJETIVOS> Interagir com outras crianças e adultos; pesquisar diferentes sons e efeitos visuais com o uso de transparências, cores e texturas; ter controle motor e limites corporais em espaço pequeno; e se movimentar e se adequar a um espaço que muda de forma quando manipulado.
PREPARAÇÃO> Prenda pedaços grandes de tule ou tiras compridas de papel celofane em árvores, brinquedos de parque etc. Eles devem ir até o chão. Na sala, o tule ou celofane pode ser preso a pequenos ganchos no teto, com uma abertura central. Outra opção é amarrar tiras num bambolê, formando um círculo de caimento vertical com diversas aberturas por toda a circunferência. O tule é transparente e tem elasticidade e leveza, facilitando a manipulação das crianças sem a ajuda do adulto. Já o papel celofane produz um efeito visual de transformação das cores do ambiente e diferentes sons ao ser manipulado. As crianças podem brincar livremente de esconder e aparecer, vendo o mundo de diferentes cores.
ESTA É LEVE, ESTA É PESADA
IDADE> De 7 meses a 3 anos.
TEMPO> De 15 minutos a uma hora.
ESPAÇO> Sala ampla, pátio com solo liso ou gramado.
MATERIAL> Várias caixas de papelão resistente de diferentes tamanhos, jornais, revistas, cola, tesoura, fita adesiva larga, fita crepe e plástico adesivo.
OBJETIVOS> Desenvolver a autonomia; pesquisar habilidades corporais; relacionar o corpo com o peso e o volume dos objetos; e desenvolver aspectos sociais, afetivos e cognitivos.
PREPARAÇÃO> Deixe algumas caixas vazias e encha outras com jornais. Feche todas muito bem e decore-as com recortes de revistas ou fotos de bichos, brinquedos, objetos, meios de transporte, famílias, pessoas, situações de brincadeiras, de convívio social etc. A decoração deve ser feita de forma livre por você. Em alguns momentos, as imagens vão enriquecer suas aulas, quando o tema for bichos ou transportes, por exemplo. Encape as caixas com plástico adesivo para o material durar mais e para facilitar a limpeza. Espalhe as caixas vazias e estimule as crianças a realizar diferentes atividades com elas, como carregar, empurrar, virar, rolar, empilhar etc. Com as mais pesadas, elas vão explorar outros movimentos: debruçar, subir, pular, equilibrar, saltar e virar.
COMO NA PRAIA
IDADE> De 1 a 3 anos.
TEMPO> De 15 a 30 minutos.
ESPAÇO> Tanque ou chão de areia.
MATERIAL> Roupas confortáveis, fôrmas de vários tamanhos e desenhos, baldinhos, pás, colheres, água e um aparelho de som..
OBJETIVOS> Estimular a coordenação motora e o equilíbrio; oferecer estímulos sensoriais; e desenvolver a autonomia e a socialização.
Permita que as crianças mexam com a areia livremente, apenas evitando que levem as mãos sujas à boca ou joguem areia nos olhos dos colegas. Ao mesmo tempo, estimule-as a perceber a textura da areia e as diferenças de toque quando ela está molhada ou seca. Isso possibilita novas experiências sensoriais. Questione se é mais fácil moldar quando ela está molhada ou seca. As crianças fazem desenhos e modelam a areia usando fôrmas e baldinhos, individualmente ou com a ajuda do colega. Elas podem também caminhar sobre a areia, experimentando como fica o equilíbrio numa superfície fofa. Outra opção é imprimir o formato das mãos ou dos pés, reconhecendo o próprio corpo (observando formas e tamanhos) na marca deixada. Depois, elas comparam as pegadas com os próprios pés. Enquanto a criançada anda no tanque, experimente colocar para tocar algumas músicas que falem sobre os pés.
A NATUREZA FALA
IDADE> De 2 a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL> Desenhos, recortes ou vídeos mostrando animais e cenas da natureza.
OBJETIVOS> Brincar com a voz e trabalhar as possibilidades de sons que podemos emitir; estimular a criatividade e a imaginação; e aumentar o repertório.
Com base nas imagens, faça perguntas como: “Que som faz esse animal?”, “Como é o barulho do trovão?” ou “Como esse pássaro canta?” e deixe as crianças brincarem livremente.
BRINCOS DE PARALENDAS
IDADE> De 6 meses a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL> Letras de músicas, brincos e parlendas.
OBJETIVO> Se divertir com a música.
Parlendas são brincadeiras com rima e sem música. Brincos são geralmente cantados e envolvem movimentos corporais, como cavalinho ou balanço.
Exemplo de brinco: Serra, Serra, Serrador (Sente a criança em suas pernas, de frente para você e fique de mãos dadas com ela, fazendo movimentos de balanceio para a frente e para trás.) Serra, serra, serrador/ Serra o papo do vovô / O vovô está cansado / Deixa a serra descansar
Exemplo de parlenda Lá em Cima do Piano (Pode ser usado para escolher quem vai começar uma brincadeira. )
Lá em cima do piano / Tem um copo de veneno / Quem bebeu morreu / O azar foi seu

QUE SOM É ESSE?
IDADE> De 6 meses a 2 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Objetos que emitam sons – chocalhos, sinos, matracas –, instrumentos musicais e brinquedos próprios para a idade.
OBJETIVO> Descobrir e produzir diferentes sons.
O bebê é estimulado a descobrir os sons que um objeto emite. Espalhe diversos brinquedos por perto da criança e estimule-a a descobrir cada som movimentando o objeto: tocando, apertando, chocando-o com outro (foto na pág. ao lado).
É importante estimular a pesquisa de possibilidades para produzir sons em vez de ensinar um único modo de tocar um instrumento, por exemplo.
NOSSO REPERTÓRIO
IDADE> De 6 meses a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Aparelho de som e fitas cassete ou CDs variados.
OBJETIVO> Estimular o contato com a música e aprender a ouvi-la.
A música deixa de ser trilha sonora ou pano de fundo de outras atividades e passa a ser o foco. Além de estimular o ouvir, mostre à criança como acompanhar o som – batendo palmas, por exemplo, ou até mesmo cantando. É importante que ela tenha contato com um repertório musical variado – de música clássica a ritmos regionais brasileiros. Se você souber, toque um instrumento musical e cante, estimulando a criança a prestar atenção aos sons.

A MUSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Música para quê?
Realizar esse tipo de trabalho ajuda a melhorar a sensibilidade das crianças, a capacidade de concentração e a memória, trazendo benefícios ao processo de alfabetização e ao raciocínio matemático. "A música estimula áreas do cérebro não desenvolvidas por outras linguagens, como a escrita e a oral. É como se tornássemos o nosso 'hardware' mais poderoso", explica a pedagoga Maria Lúcia Cruz Suzigan, especialista no ensino de música para crianças. Essas áreas se interligam e se influenciam. Sem música, a chance é desperdiçada. Segundo Maria Lúcia, quanto mais cedo a escola começar o trabalho, melhor. "Essa linguagem, embora antes fosse mais comum, faz parte de cultura das crianças por causa das canções de ninar e das brincadeiras. O pouco que ainda resta abre um oportuno espaço para o trabalho na escola."

Se você já sabe que a linguagem musical é importante para as crianças, mas tem medo, se acha desafinado, não toca um instrumento e não sabe por onde começar, os pesquisadores da área procuram desfazer o mito de que é difícil ensinar música para crianças sem ser músico. "Não é complicado, só trabalhoso. Não se espera que o professor de música seja um músico, assim como não se imagina que o alfabetizador é um grande escritor", enfatiza Maria Lúcia. Ela criou nas prefeituras de Diadema e Itu, em São Paulo, um programa de capacitação dos professores da rede que inclui formação e planejamento de atividades.

Para aprender coisas novas é necessário enfrentar a barreira do medo e quebrar o paradigma do dom. "Se você não é muito afinado, não faz mal, pode usar uma gravação e cantar com a criançada. Quando na escola há alguém que toca violão, essa pessoa pode fazer um acompanhamento", afirma Rozelis Aronchi Cruz, que coordena o projeto em Diadema.

Se não há o amparo da rede de ensino, não desanime. "Aventure-se um pouco", defende José Henrique Nogueira, que há 18 anos dá atividades de música na Educação Infantil e recentemente começou ensinar como se faz isso no curso de pedagogia da Universidade Católica de Petrópolis, no Rio de Janeiro. De início ele sugere a leitura do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. O volume 3 traz orientações para crianças de 0 a 6 anos e uma discografia.

"Ajuda muito um planejamento das atividades que inclua a preocupação constante com a linguagem musical. A música não pode ficar restrita a eventos como festas e datas marcantes, mas deve ser uma prática diária", completa Elvira de Souza Lima, pesquisadora em desenvolvimento humano e orientadora dos programas de ensino musical das prefeituras de Blumenau (SC), Coronel Fabriciano (MG) e Guarulhos (SP).








 Atirei o pau no gato-tô, mas o gato-tô, não morreu-reu-reu, dona Xica-ca, admirou-se-se do berrô, do berrô que o gato deu: miau! Não atire o pau no gato-tô, porque isso-sô, não se faz-faz-faz. O gatinho-nhô é nosso amigo-gô. Não devemos maltratar os animais: miau!
 Sabão crá-crá, sabão crá-crá. Não deixa os cabelos do sapo enrolar. Sabão cré-cré, sabão cré-cré. Não deixa os cabelos do sapo de pé. Sabão cri-cri, sabão cri-cri. Não deixa os cabelos do sapo cair. Sabão cró-cró, sabão cró-cró. Não deixa os cabelos do sapo dar nó. Sabão cru-cru, sabão cru-cru. Não deixa os cabelos do sapo...

 Eu sou pobre, pobre, pobre, De marré, marré, marré. Eu sou pobre, pobre, pobre, De marré deci. Eu sou rica, rica, rica, De marré, marré, marré. Eu sou rica, rica, rica, De marré deci. Eu queria uma de vossas filhas, De marré, marré, marré. Eu queria uma de vossas filhas, De marré deci. Escolhei a qual quiser, De marré, marré, marré. Escolhei a qual quiser, De marré deci. Eu queria (nome da pessoa), De marré, marré, marré, Eu queria (nome da pessoa), De marré deci. Que ofício dais a ela? De marré, marré, marré. Que ofício dais a ela? De marré deci. Dou o ofício de (nome do ofício) De marré, marré, marré. Dou o ofício de (nome do ofício), De marré deci. Este ofício me agrada (ou não) De marré, marré, marré. Este ofício me agrada (ou não) De marré deci. Lá se foi a (nome da pessoa), De marré, marré, marré. Lá se foi a (nome da pessoa), De marré deci. Eu de pobre fiquei rica. De marré, marré, marré. Eu de rica fiquei pobre, De marré deci.
 Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar, o anel que tu me destes era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou.
 Escravos de Jó, jogavam cachangá. Tira, põe, deixa o Zambelê ficar. Guerreiros com guerreiros fazem zigueziguezá. Guerreiros com guerreiros fazem zigueziguezá (2x).
 Pirulito que bate, bate, pirulito que já bateu, quem gosta de mim é ela e quem gosta dela sou eu. Pirulito que bate bate. Pirulito que já bateu. A menina que eu gostava não gostava como eu (2x).
 O sapo não lava o pé, não lava porque não quer, ela mora lá na lagoa, não lava o pé porque não quer, mas que chulé.
 Meu pintinho amarelinho. Cabe aqui na minha mão, na minha mão. Quando quer comer bichinhos, com seus pezinhos ele cisca o chão. Ele bate as asas. Ele faz piu-piu. Ma tem muito medo. É do gavião (bis).
 Marcha soldado, cabeça de papel, se não marchar direito vai preso no quartel. O quartel pegou fogo. A polícia deu sinal. Acorda acorda acorda. A bandeira nacional.
 A brincar, A brincar. Brincaremos, brincaremos sem parar. A brincar, A brincar. Brincaremos, brincaremos sem parar (6x).
 A pipa do vovô não sobe mais, a pipa do vovô não sobe mais, a pesar de fazer muita força, o vovô foi passado pra trás (6x)
 Era uma casa muito engraçada. Não tinha teto não tinha nada. Ninguém podia entrar nela, não. Porque na casa não tinha chão. Ninguém podia dormir na rede porque na casa não tinha parede. Ninguém podia fazer pipi, porque penico não tinha ali. Mas era feita com muito esmero. Na rua dos Bobos. Número zero.
 Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar. Dá a chupeta, dá a chupeta, dá a chupeta pro bebê não chorar (2x). Dorme, filhinho do meu coração. Pega a mamadeira e vem entrar no meu cordão. Eu tenho uma irmã que se chama Ana. De tanto piscar os olhos, já ficou sem a pestana. <<>> (2x).
 Que bonita a sua roupa. Que roupinha muito louca. Nela é tudo remendado. Não vale nenhum centavo. Mas agrada a quem olhar (2X).
 Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda. Amanhã velho será, velho será, velho será. A menos que o coração, que o coração sustente. A juventude, que nunca morrerá (2x).
 Caranguejo não é peixe. Caranguejo peixe é. Caranguejo só é peixe. Na enchente da maré. Ora, palma, palma, palma! Ora, pé, pé, pé! Ora, roda, roda, roda. Caranguejo peixe é!
 Somos amigos. Amigos do peito. Amigos de uma vez. Somos amigos. Amigos do peito. Amigos de vocês... (4x)
 Tá na hora. Tá na hora. Tá na hora de brincar. Pula pula, bole bole. Se embolando sem parar. Dá um pulo vai pra frente. De peixinho vai pra trás. Quem quiser brincar com a gente. Pode vir, nunca é demais. I la ri la ri la ri ê. Ôôô. I la ri la ri la ri ê. Ôôô. I la ri la ri la ri ê. Ôôô. É a turma da Xuxa que vai dando o seu alô. <<>> (2x).

EDUCAÇÃO INFANTIL (ESTÁGIO) ♥♥ SESC - CARIACICA

ROTINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A rotina é um elemento importante da Educação Infantil, por proporcionar à criança sentimentos de estabilidade e segurança. Também proporciona à criança maior facilidade de organização espaço-temporal, e a liberta do sentimento de estresse que uma rotina desestruturada pode causar. Entretanto, como vimos, a rotina não precisa ser rígida, sem espaço para invenção (por parte dos professores e das crianças). Pelo contrário a rotina pode ser rica, alegre e prazerosa, proporcionado espaço para a construção diária do projeto político-pedagógico da instituição de Educação Infantil.
Hora da Roda
Na roda, o professor recebe as crianças, proporcionando sensações como acolhimento, segurança e de pertencer àquele grupo, aos pequenos que vão chegando. Para tal, pode utilizar jogos de mímica, músicas e mesmo brincadeiras tradicionais, como “adoleta” e “corre-cotia”,, promovendo um verdadeiro “ritual” de chegada. Após a chegada, o educador deve organizar a roda de conversa, onde as crianças podem trocar idéias e falar sobre suas vivências. Aqui cabe ao educador organizar o espaço, para que todos os que desejam possam falar, para que todos estejam sentados de forma que possam ver-se uns aos outros, além de fomentar as conversas, estimulando as crianças a falarem, e promovendo o respeito pela fala de cada um. Através das falas, o professor pode conhecer cada um de seus alunos, e observar quais são os temas e assuntos de interesse destas. Na roda, o educador pode desenvolver atividades que estimulam a construção do conhecimento acerca de diversos códigos e linguagens, como, por exemplo, marcação do dia no calendário, brincadeiras com crachás contendo os nomes das crianças, jogos dos mais diversos tipos (visando apresentá-los às crianças para que, depois, possam brincar sozinhas) e outras. Também na roda deverão ser feitas discussões acerca dos projetos que estão sendo trabalhados pela classe, além de se apresentar às crianças as atividades do dia, abrindo, também, um espaço para que elas possam participar do planejamento diário. O tempo de duração da roda deve equilibrar as atividades a serem ali desenvolvidas e a capacidade de concentração/interação das crianças neste tipo de atividade.
Artes Plásticas
O trabalho com artes plásticas na Educação Infantil visa ampliar o repertório de imagens das crianças, estimulando a capacidade destas de realizar a apreciação artística e de leitura dos diversos tipos de artes plásticas (escultura, pintura, instalações). Para tal, o professor pode pesquisar e trazer, para a sala de aula, diversas técnicas e materiais, a fim de que as crianças possam experimentá-las, interagindo com elas a seu modo, e produzindo as suas próprias obras, expressando-se através das artes plásticas. Assim, elas aumentarão suas possibilidades de comunicação e compreensão acerca das artes plásticas. Também poderão conhecer obras e histórias de artistas (dos mais diversos estilos, países e momentos históricos), apreciando-as e emitindo suas idéias sobre estas produções, estimulando o senso estético e crítico.

Hora da História
Podemos dizer que o ato de contar histórias para as crianças está presente em todas as culturas, letradas ou não letradas, desde os primórdios do homem. As crianças adoram ouvi-las, e os adultos podem descobrir o enorme prazer de contá-las. Na Educação Infantil, enquanto a criança ainda não é capaz de ler sozinha, o professor pode ler para ela. Quando já é capaz de ler com autonomia, a criança não perde o interesse de ouvir histórias contadas pelo adulto; mas pode descobrir o prazer de contá-las aos colegas. Enfim, a “Hora da História” é uma momento valioso para a educação integral (de ouvir, de pensar, de sonhar) e para a alfabetização, mostrando a função social da escrita. O professor pode organizar este momento de diversas maneiras: no início ou fim da aula; incrementando com músicas, fantasias, pinturas; organizando uma pequena biblioteca na sala; fazendo empréstimos de livros para que as crianças leiam em casa, enfim, há uma infinidade de possibilidades.

Hora da Brincadeira
Brincar é a linguagem natural da criança, e mais importante delas. Em todas as culturas e momentos históricos as crianças brincam (mesmo contra a vontade dos adultos). Todos os mamíferos, por serem os animais no topo da escala evolutiva, brincam, demonstrando a sua inteligência. Entretanto, há instituições de Educação Infantil onde o brincar é visto como um “mal necessário”, oferecido apenas por que as crianças insistem em fazê-lo, ou utilizado como “tapa-buraco”, para que o professor tenha tempo de descansar ou arrumar a sala de aula. Acreditamos que a brincadeira é uma atividade essencial na Educação Infantil, onde a criança pode expressar suas idéias, sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos seus colegas como é o seu mundo, o seu dia-a-dia. A brincadeira é, para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo característico; de solucionar os conflitos que surgem, tornando-se autônoma; de experimentar papéis, desenvolvendo as bases da sua personalidade. Cabe ao professor fomentar as brincadeiras, que podem ser de diversos tipos. Ele pode fornecer espelhos, pinturas de rosto, fantasias, máscaras e sucatas para os brinquedos de faz-de-conta: casinha, médico, escolinha, polícia-e-ladrão, etc. Pode pesquisar, propor e resgatar jogos de regra e jogos tradicionais: queimada, amarelinha, futebol, pique-pega, etc. Pode confeccionar vários brinquedos tradicionais com as crianças, ensinando a reciclar o que seria lixo, e despertando o prazer de confeccionar o próprio brinquedo: bola de meia, peteca, pião, carrinhos, fantoches, bonecas, etc. Pode organizar, na sala de aula, um cantinho dos brinquedos, uma “casinha” além de, é claro, realizar diversas brincadeiras fora da sala de aula. Além disso, as brincadeiras podem despertar projetos: pesquisar brinquedos antigos, fazer uma Olimpíada na escola, ou uma Copa do Mundo, etc.

Hora do Lanche/Higiene
Devemos lembrar que comer não é apenas uma necessidade do organismo, mas também uma necessidade psicológica e social. Na Bíblia, por exemplo, encontramos dezenas de situações em que Jesus compartilhava refeições com seus discípulos, fato que certamente marcou nossa cultura. Em qualquer cultura os adultos (e as crianças) gostam de realizar comemorações e festividades marcadas pela comensalidade (comer junto). Por isso, a hora do lanche na Educação Infantil não deve atender apenas às necessidades nutricionais das crianças, mas também às psicológicas e sociais: de sentir prazer e alegria durante uma refeição; de partilhar e trocar alimentos entre colegas; de aprender a preparar e cuidar do alimento com independência; de adquirir hábitos de higiene que preservam a boa saúde. Por isto, a hora do lanche também deve ser planejada pelo professor. A disposição dos móveis deve facilitar as conversas entre as crianças; deve haver lixeiras e material de limpeza por perto para que as crianças possam participar da higiene do local onde será desfrutado o lanche (antes e depois dele ocorrer); deve haver uma cesta onde as crianças possam depositar o lanche que desejam trocar entre si (estimulando a socialização e, ao mesmo tempo, o cuidado com a higiene). Além disso, é importante que o professor demonstre e proporcione às crianças hábitos saudáveis de higiene antes e depois do lanche (lavar as mãos, escovar os dentes, etc.). O lanche também pode fazer parte dos projetos desenvolvidos pela turma: pesquisar os alimentos ais saudáveis, plantar uma horta, fazer atividades de culinária, produzir um livro de receitas, fazer compras no mercado para adquirir os ingredientes de uma receita, dentre outras, são atividades às quais o professor pode dar uma organização pedagógica que possibilite às crianças participar ativamente, e elaborar diversos projetos junto com a turma.

Atividades Físicas/Parque
Fanny Abramovich lembra-nos, com muito humor, o papel usualmente atribuído ao movimento nas nossas escolas: “Não se concebe que o aluno sequer possua um corpo. Em movimento permanente. Que encontre respostas através de seus deslocamentos. Um corpo que é fonte e ponte de aprendizagens, de reconhecimentos, de constatações, de saber, de prazer. Basicamente, possui cabeça (para entender o que é dito) e mão (para anotar o que é dito). Portanto, pode e deve ficar sentado o tempo todo da aula. Breves estiramentos, andadelas rápidas, podem ser efetuadas nos intervalos. No mais, os braços são úteis para segurar livros/cadernos/papéis e pés e pernas se satisfazem ao ser selecionados para levantar/perfilar/sair. E basta.” (ABRAMOVICH, 1998, p. 53) Na Educação Infantil, o principal objetivo do trabalho com o movimento e expressão corporal é proporcionar à criança o conhecimento do próprio corpo, experimentando as possibilidades que ele oferece (força, flexibilidade, equilíbrio, entre outras). Isto proporcionará a ela integrá-lo e aceitá-lo, construindo uma auto-imagem positiva e confiante. Para isso o professor deve proporcionar atividades, fora e dentro da sala de aula, onde a criança possa se movimentar. Alongamentos, ioga, circuitos, brincadeiras livres, jogos de regras, tomar banho de mangueira, subir em árvores... São diversas as possibilidades. O professor deve organizá-las e planejá-las, mas sempre com um espaço para a invenção e colaboração da criança. O momento do parque também assume uma conotação diferente. Não é apenas um intervalo para descanso das crianças e dos professores. É mais um momento de desafio, afinal, há aparelhos, árvores, areia, baldinhos e pás, pneus, cordas, bolas, bambolês e tantas brincadeiras que esses materiais oferecem. O professor deve estar próximo, auxiliando e estimulando a criança a desenvolver a sua motricidade e socialização, ajudando, também, a resolver os conflitos que surgem nas brincadeiras quando, porventura, as crianças não forem capazes de solucioná-los sozinhas.

Atividades Extra-Classe
(Interação com a comunidade)
A sala de aula e o espaço físico da escola não são os únicos espaços pedagógicos possíveis na Educação Infantil. Em princípio, qualquer espaço pode tornar-se pedagógico, dependendo do uso que fazemos dele. Praças, parques, museus, exposições, feiras, cinemas, teatros, supermercados, exposições, galerias, zoológicos, jardins botânicos, reservas ecológicas, ateliês, fábricas e tantos outros. O professor deve estar atento à vida da comunidade e da cidade onde atua, buscando oportunidades interessantes, que se relacionem aos projetos desenvolvidos na classe, ou que possam ser o início de novos projetos. Isto certamente enriquecerá e ampliará o projeto político-pedagógico da instituição, que não precisa ser confinando à área da escola. Pode haver até mesmo intercâmbios com outras instituições educacionais.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

trabalho sobre desenvolvimento infantil "freud"

A importância do desenvolvimento infantil para educadores

Para os professores conseguirem trabalhar com as crianças é necessário que ele entenda o seu desenvolvimento.
Vários pesquisadores sugeriram teorias para explicar o desenvolvimento infantil dentre eles Freud que separa em 5 etapas as fases de desenvolvimento humano:
1º fase – Oral – 1 a ½ ano
2º fase – Anal – 1 a 3 anos
3º fase – Fálica – 3 a 7 anos
4º fase – Latência – 7 a 12 anos
5º fase – Genital – a partir de 12 anos

“Para Freud, os cinco primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento da personalidade, que se dá” por essas fases. (Criança e Desenvolvimento, p. 45).
Freud conseguiu formular sua pesquisa de desenvolvimento infantil através das experiências de seus pacientes e de suas próprias experiências de vida isso podemos analisar no Filme Freud Além da Alma, onde Freud hipnotizava as pessoas para leva-lás até a infância e descobrir qual era a causa da histeria.
Uma das descobertas de Freud demonstrada neste filme foi a sua investigação através de sua própria experiência o que mais tarde ficaria conhecido como complexo de Édipo e a este complexo atribui muitas das causas dos problemas de personalidade.
Podemos citar também Piaget como um dos grandes pesquisadores de desenvolvimento infantil.
Piaget separa o desenvolvimento infantil em estágios:

1º estágio 0 a 2 anos inteligência sensório-motora;
2º estágio 2 a 11 anos inteligência operatório-concreta;
3º estágio a partir de 12 anos inteligência operatório-formal.

Para Piaget: “A infância é considerada como um período particular do processo de formação do pensamento que só se completa na idade adulta.” (Psicologia e Trabalho Pedagógico p. 45).
Esses estágios de desenvolvimento são caracterizados por novas formas de organização mental.
Podemos perceber através dessas pesquisas: “... que a criança tem um modo todo especial de compreender o mundo, de dar significados a ele, de explicá-lo. E que, a partir disso, ela contribui significativamente para o seu próprio desenvolvimento, tornando-se parte importante do mundo que a cerca e produtora de cultura.” (Criança e desenvolvimento p. 39 e 40)
Por isso é tão importante compreender o desenvolvimento infantil para saber lidar com diversos problemas que podem ocorrer em sala e conseguir perceber mudanças no comportamento de cada aluno.
O educador deve identificar quando a criança está passando por algum problema especifico isso pode deixar a criança menos atenta, menos participativa e sem vontade de realizar as suas atividades didáticas.
Não adianta exigir, obrigar ou até mesmo isolar essa criança, é preciso utilizar de práticas pedagógicas entendendo o desenvolvimento infantil para ajudar a cada criança.
Sendo mediador entre pais e alunos contribuindo para formar cidadãos.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pela saúde, fé e perseverança que tem nos dado. A preceptora Hedlamara nossa fiel companheira na hora da tribulação, aos nossos familiares, pelo reconhecimento aos nossos estudos, os quais têm desejado um futuro próximo para a educação sabendo dos desafios do educador no contexto atual. Aos nossos amigos pelo incentivo a busca de novos conhecimentos, há todos que muito contribuirão para nosso desempenho.

*esta é uma dedicatória de um portifólio que fizemos em atividade para postar no ava bjks hed meu grupo já estamos com saudades♥ Hayra, Bia, Simonee Rosi (turma21)